A empresa islandesa Carbfix acaba de conquistar um marco importante ao receber a primeira licença da União Europeia para captura e armazenamento de carbono em terra.

O projeto localizado na Islândia foi autorizado sob a Diretiva de Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) da UE em vigor desde 2009 e representa um avanço nas estratégias climáticas do bloco. Utilizando rochas basálticas, a tecnologia da Carbfix transforma CO₂ em minerais sólidos, oferecendo uma alternativa segura e permanente ao armazenamento tradicional.
Essa inovação já havia sido testada com sucesso em uma usina geotérmica e agora poderá ser ampliada com o acordo legal da UE. O processo consiste em capturar carbono de fontes industriais, dissolver em água e injetar no subsolo que reage com o basalto e se mineraliza em menos de dois anos.
Essa abordagem praticamente elimina o risco de vazamentos e abre caminho para novos projetos semelhantes em outros países europeus, especialmente onde há formações rochosas compatíveis.
Com essa licença, a Carbfix poderá armazenar até 106 mil toneladas de CO₂ por ano, totalizando cerca de 3,2 milhões de toneladas ao longo de 30 anos. Isso acontece em um momento em que a UE busca acelerar sua meta de emissões líquidas zero até 2050.
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A Comissão Europeia estima que até lá cerca de 250 milhões de toneladas de carbono precisarão ser armazenadas anualmente que torna tecnologias como a CCS fundamentais para setores de difícil descarbonização, como cimento e aço.
Além dos ganhos ambientais, projetos como o da Carbfix também impulsionam o mercado de créditos de carbono de alta qualidade, cada vez mais procurados por empresas que buscam compensar emissões.
Com a previsão de que o mercado europeu de carbono ultrapasse 195 euros por tonelada até 2030 pois a tecnologia pode atrair novos investimentos e consolidar a Europa como líder mundial em armazenamento geológico de carbono.
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Nesse cenário, projetos como o Mejuruá da BR ARBO, evidenciam o papel estratégico da conservação da floresta amazônica no alcance de metas sustentáveis. Ao proteger ecossistemas fundamentais essas iniciativas contribuem diretamente para o mercado global de créditos de carbono e reforçam a transição para uma economia mais verde.