A ByteDance empresa do TikTok, anunciou a aquisição de mais de 100 mil créditos de carbono da Rubicon Carbon, plataforma americana de gestão climática.

A iniciativa representa um dos maiores investimentos em créditos de carbono já feitos por uma gigante da tecnologia na área de mídia e streaming e sinaliza um movimento mais sério da empresa em direção à ação climática corporativa.
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Esses créditos, chamados de Rubicon Carbon Tonnes, reúnem projetos diversos voltados à redução de emissões, como reflorestamento, energias renováveis e tecnologias de remoção de carbono.
A compra marca um passo relevante para a ByteDance, que ainda não possui um plano público para zerar suas emissões líquidas, mas já demonstra esforços para reduzir o impacto ambiental das operações, especialmente em seus grandes data centers e plataformas digitais como o TikTok.
O consumo de energia do TikTok é expressivo: apenas nos EUA, a plataforma gera cerca de 64 milhões de quilos de CO2 por ano, devido ao uso intensivo por seus milhões de usuários.
Com esse nível de emissões, os créditos adquiridos ajudarão a compensar parcialmente o impacto, enquanto a empresa avalia estratégias mais amplas de sustentabilidade. Segundo a Rubicon, os RCTs seguem padrões rigorosos de transparência e impacto climático real, reconhecidos internacionalmente.
A Rubicon Carbon é apoiada por grandes fundos de impacto e tem se destacado ao oferecer portfólios de créditos verificados, monitorados com ferramentas como blockchain e inteligência artificial.
A empresa garante que os créditos fornecidos à ByteDance foram escolhidos por sua durabilidade, integridade ambiental e por gerarem benefícios mensuráveis a longo prazo, além de incluir mecanismos de ajuste de risco para garantir a compensação real das emissões.
Assim como Amazon, Meta e Microsoft, a ByteDance passa a integrar o grupo de gigantes da tecnologia que usam o mercado voluntário de carbono como ferramenta para acelerar a transição climática.
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Ainda que os créditos de carbono não substituam ações diretas de redução de emissões, eles são vistos como uma ponte importante enquanto as empresas adaptam suas cadeias produtivas e operacionais para um futuro mais sustentável.
Projeto Mejuruá
O Projeto Mejuruá fica na Amazonas, e é financiado pelo Gaetano Buglisi e tem como foco a conservação da floresta amazônica e o fortalecimento das comunidades tradicionais. Ao evitar o desmatamento e preservar grandes áreas de vegetação, o projeto impede a liberação de carbono armazenado nas árvores e no solo.
Essa ação contribui diretamente para a geração de créditos de carbono, que representam a redução efetiva de emissões de gases de efeito estufa. Esses créditos podem ser vendidos no mercado e os recursos obtidos são em atividades sustentáveis e melhorias em saúde, e energia limpa.