Brasil no Caminho para se tornar a “Arábia Saudita do Mercado de Carbono”

O Brasil está em uma posição estratégica para se posicionar como líder no mercado global de créditos de carbono, sendo frequentemente referido como a possível “Arábia Saudita do mercado de carbono”.

O Milken Institute, um think tank americano focado em conectar investidores e filantropos para enfrentar desafios globais, reunindo líderes empresariais, investidores e especialistas em sustentabilidade para discutir oportunidades de investimento e inovação, trouxe sua primeira grande conferência ao Brasil.

Brasil no Caminho para se tornar a "Arábia Saudita do Mercado de Carbono"
Brasil no Caminho para se tornar a “Arábia Saudita do Mercado de Carbono”

Reunindo cerca de 150 participantes, os encontros tiveram como objetivo atrair atenção internacional para as oportunidades de investimento sustentável no Brasil, com ênfase no mercado de carbono, abordando o novo título de “Arábia Saudita do mercado de carbono”.

Conforme o diretor da divisão latino-americana do instituto, Rodrigo Bettini, o encontro buscou “orientar investidores estrangeiros para as oportunidades de sustentabilidade no Brasil e destacar o papel do país em setores como tecnologia, ESG e infraestrutura”.

Ademais, apontou o foco do instituto de fomentar a conscientização global sobre as inovações nacionais, atraindo mais investimentos estrangeiros para projetos verdes.

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Brasil no Mercado de Carbono

Como apresenta vastas florestas tropicais, além de recursos naturais em abundância, o Brasil apresenta uma vantagem incomparável no mercado de créditos de carbono.

Projetos de conservação, reflorestamento e energias renováveis são apenas algumas das iniciativas que podem ser monetizadas neste mercado em crescimento.

A aprovação do novo projeto de lei pela Câmara dos Deputados, formalizando as regras para o mercado de carbono no país, é um marco importante.

Este movimento cria um ambiente fiscalizado, posicionando o Brasil como um ponto atrativo para investidores, facilitando a adesão das empresas brasileiras a padrões internacionais de sustentabilidade.

Os encontros do Milken Institute, em São Paulo, também apontaram pontos-chave relacionados à sustentabilidade, preservação ambiental, bioeconomia e melhorias no ecossistema da Amazônia.

Esses temas serão ainda mais evidenciados em 2025, quando o Brasil sediará a COP30 em Belém, colocando o país no centro das discussões climáticas globais, enfatizando a liderança da nação em soluções climáticas e atrair investimentos para iniciativas verdes, além de destacar ainda mais o mercado de carbono brasileiro como solução para alavancar metas ambientais e promover o desenvolvimento econômico.

Daniella Levy, diretora do Milken Institute no Brasil, destacou que o mercado de crédito de carbono do Brasil tem o potencial de criar oportunidades significativas para a população, ao mesmo tempo em que contribui para a mitigação das mudanças climáticas.

A organização deste setor também permite que pequenos e médios empreendedores participem de iniciativas de sustentabilidade, criando um ecossistema inclusivo e economicamente viável.

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Conclusão

O Brasil está em um momento importantíssimo de sua trajetória como líder global em sustentabilidade. A visão do Milken Institute de transformar o país na “Arábia Saudita do mercado de carbono” não é apenas uma metáfora ousada, mas uma expectativa possível, dada a regulamentação recém-aprovada e o potencial natural da nação.

Com a COP30 no horizonte, o Brasil tem a chance de consolidar sua posição como um dos principais destinos para investimentos verdes, relacionando preservação ambiental e desenvolvimento econômico.

Relação com o Projeto Mejuruá

Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.

Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.

 

Ana Carolina Turessi

 

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