O Brasil, com aproximadamente 47% da extensão territorial da América Latina e cerca de um terço da população da região, está se posicionando como um líder no mercado de créditos de carbono.
Segundo um estudo da consultoria Systemica, o país é responsável por 40,5% dos projetos e 28,4% das reduções de emissões na América Latina, destacando-se com um total de 118 programas ativos.
Esta posição é reforçada pela estabilidade econômica e abundância de recursos naturais do Brasil, que conferem uma vantagem competitiva em relação a outros países da região.
Saiba mais: Mercado Voluntário de Carbono
Desafios Enfrentados pelo mercado de créditos de carbono
Apesar do potencial, o mercado de créditos de carbono no Brasil tem enfrentado desafios significativos.
Um relatório do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou uma queda de 89% no volume de créditos emitidos e 44% no volume de créditos aposentados em 2023, em comparação a 2021.
Fatores como a desaceleração econômica global, conflitos armados e a falta de regulamentação têm contribuído para esse cenário de incertezas.
No entanto, especialistas como Francisco Higuchi acreditam que o setor continua promissor.
O aumento de investimentos em novas metodologias e padrões, aliado ao desenvolvimento de projetos inovadores, está criando uma base sólida para a expansão do mercado.
Embora muitas iniciativas ainda estejam em fase inicial, a perspectiva é otimista para o crescimento futuro.
Saiba mais: Investigação sobre “Dia do Fogo” na Amazônia ainda não foi concluída
Relação com o Projeto Mejuruá
Nesse contexto, iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO se destacam.
Este projeto de reflorestamento não apenas contribui para a redução das emissões de carbono, mas também se alinha com as metas de sustentabilidade do Brasil.
Ao impulsionar a restauração de ecossistemas e a biodiversidade, o Projeto Mejuruá representa um passo importante na construção de uma economia de baixo carbono no país, destacando o compromisso do Brasil em liderar o mercado de créditos de carbono na América Latina.
Saiba mais: Brasil tem tudo para se destacar como economia de baixo carbono, diz especialista