Estudo recente, lançado pela Aliança pela Restauração da Amazônia com apoio da The Nature Conservancy (TNC) Brasil, destaca a bioeconomia como uma ferramenta essencial para a restauração da Amazônia de forma sustentável para o clima e comunidades
A Amazônia, maior bioma tropical do mundo, desempenha um papel central na regulação do clima global e contenção de mudanças climáticas, além de conter uma das maiores biodiversidades do planeta.
No entanto, a degradação florestal e o desmatamento colocam em risco o equilíbrio ecológico, além de atingir comunidades locais que dependem da floresta.
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Plano de Restauração
O estudo mapeou 61 iniciativas no bioma amazônico, destacando os que combinam restauração florestal com atividades econômicas sustentáveis, como:
• Sistemas Agroflorestais: Integração de culturas agrícolas com espécies florestais para restaurar áreas degradadas, promovendo a segurança alimentar e renda.
• Coleta de Sementes Nativas: Geração de empregos para comunidades locais enquanto se fornece matéria-prima para projetos de reflorestamento.
• Créditos de Carbono: Monetização dos serviços ambientais por meio da captura e armazenamento de carbono em áreas restauradas.
• Produtos da Sociobiodiversidade: Exploração sustentável de recursos como açaí, castanha-do-pará e óleo de andiroba, promovendo cadeias de valor inclusivas.
Esses exemplos demonstram como a bioeconomia pode alavancar a recuperação ambiental ao mesmo tempo que impulsiona economias locais, impactando positivamente região.
A restauração florestal em larga escala contribui significativamente para a redução de emissões de carbono, ao mesmo tempo que previne novos desmatamentos e promove a captura de carbono.
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Benefícios para Comunidades Locais
Além de impulsionar o reflorestamento, a bioeconomia oferece uma alternativa sustentável para comunidades tradicionais e indígenas, promovendo empoderamento social, geração de renda e resiliência econômica.
Desafios e Caminhos para a Bioeconomia
A falta de estruturas financeiras adequadas, necessitando de mecanismos eficazes de financiamento que conectem investidores a projetos locais, infraestrutura limitada e políticas públicas insuficientes, como a ausência de regulamentações, são alguns desafios significativos para o funcionamento fluído da iniciativa.
O estudo enfatiza a importância de acelerar soluções financeiras e políticas públicas para viabilizar a restauração florestal. Parcerias entre governos, setor privado e comunidades são apontadas como estratégias centrais para superar esses obstáculos.
Conclusão
Portanto, a integração da bioeconomia com a restauração da Amazônia é uma oportunidade única para alinhavar conservação ambiental com desenvolvimento econômico.
Contudo, para que o potencial da bioeconomia seja plenamente realizado, é necessário ampliar investimentos, tanto públicos quanto privados, fortalecer políticas governamentais e promover a capacitação local.
Com isso, a estratégia pode virar um modelo para o desenvolvimento em escala global.