O ano de 2024 trouxe um recorde altíssimo do aquecimento climático, alarmante para a região da Amazônia, com temperaturas que ultrapassaram a média dos últimos 30 anos, refletindo não apenas mudanças climáticas, mas também os efeitos de fatores locais como o desmatamento.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) desenvolvidos entre janeiro e outubro, as temperaturas da Amazônia ultrapassaram em até 5,1°C a média dos últimos 30 anos, causada, indicando o maior aquecimento global da história da região.

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Dentre outros fatores, este problema foi causado pelo desmatamento, além de ser reflexo de mudanças climáticas globais.
A análise do Inmet abrange 41 estações perigosas na Amazônia Legal, com destaque para os estados do Pará, Amazonas e Maranhão.
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O aquecimento climático da floresta amazônica não afeta apenas o meio ambiente, mas também a saúde e o bem-estar das comunidades, como dificuldades no trabalho devido ao intenso calor, desidratação, insolação, além do aumento de doenças respiratórias e desmaios causados pela combinação de calor e mudanças abruptas do clima.
Contudo, no final de 2024, surge a possibilidade de um impacto positivo na mudança climática: a chegada do fenômeno La Niña, caracterizada pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico e aumento das chuvas tropicais. Especialistas, como o climatologista Fábio Nunes, esperam uma neutralização gradual das temperaturas na região com sua chegada.
O ano de 2024 destacou a vulnerabilidade da Amazônia frente ao combate às mudanças climáticas e aos impactos do desmatamento.
As altas temperaturas registradas não são apenas um alerta ambiental, mas também um apelo urgente para ações de preservação e reflorestamento.
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Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
Ana Carolina Turessi