Ecossistemas costeiros como manguezais, marismas e ervas marinhas são fundamentais para o combate às mudanças climáticas.

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Esses chamados ecossistemas de carbono azul conseguem armazenar quantidades de carbono comparáveis às florestas terrestres, além de enterrar carbono em sedimentos com uma eficiência até cinco vezes maior.
Além do sequestro de carbono, eles oferecem serviços ecossistêmicos essenciais às comunidades locais, como proteção costeira, suporte à biodiversidade e segurança alimentar.
No entanto, esses habitats enfrentam forte pressão de atividades humanas e já perderam cerca de metade de sua área original.
A restauração e a proteção desses ecossistemas são consideradas estratégias de alto impacto para mitigar e se adaptar às mudanças climáticas.
Evitar novas perdas e recuperar áreas degradadas pode ajudar não só no combate ao aquecimento global, mas também no cumprimento de metas globais como as da Convenção de Biodiversidade de Kunming-Montreal. Dada sua importância, os BCEs estão ganhando protagonismo em políticas ambientais e estratégias de conservação.
Nesse contexto, os mercados de carbono têm se destacado como mecanismos eficazes para financiar projetos de conservação e restauração.
Os projetos de carbono azul transformam o serviço ambiental de captura de carbono em créditos de carbono negociáveis, oferecendo uma fonte de financiamento para ações de preservação.
Esses projetos não apenas ajudam a mitigar as emissões, como também geram benefícios sociais e econômicos para as comunidades costeiras, fortalecendo a adaptação climática e a conservação da biodiversidade.
Para garantir a credibilidade dos créditos de carbono azul, os projetos seguem padrões internacionais rigorosos de verificação. As empresas interessadas podem adquirir esses créditos diretamente com os desenvolvedores ou no mercado voluntário, como parte de suas estratégias de responsabilidade socioambiental.
Os recursos obtidos com a venda dos créditos são reinvestidos na proteção dos ecossistemas costeiros, gerando um ciclo virtuoso de preservação ambiental, impacto climático e desenvolvimento sustentável.
Apesar do potencial, o mercado voluntário de carbono enfrenta desafios de confiança. Casos de créditos duvidosos ligados a projetos florestais terrestres abalaram a credibilidade do mercado e derrubaram os preços dos créditos.
No entanto, os BCPs não estiveram envolvidos nesses escândalos e, por isso, mantêm uma reputação mais sólida e preços mais altos.
Este estudo traz uma avaliação independente e detalhada sobre o funcionamento dos BCPs, incluindo dados sobre transações, fluxos financeiros e a relação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
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Projeto Mejuruá: Compromisso com meio ambiente
O Projeto Mejuruá é uma iniciativa financiada pelo empresário Gaetano Buglisi, com foco na proteção da floresta Amazônica. O principal objetivo é conservar a natureza por meio da geração de créditos de carbono, criando uma fonte de renda sustentável.
Além de preservar o meio ambiente, o projeto também impulsiona o desenvolvimento das comunidades locais, promovendo uma economia mais verde e consciente. É uma forma de mostrar que é possível proteger a floresta e, ao mesmo tempo, gerar oportunidades para quem vive nela.