O mercado de créditos de carbono voluntários está crescendo e, com ele, surgiram produtos como GEO, N-GEO e C-GEO.

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Esses contratos foram criados pela CME Group, maior bolsa de derivativos do mundo, para facilitar a negociação de créditos padronizados. Embora ainda pouco conhecidos por muitos investidores, esses instrumentos ajudam empresas e países a compensar emissões de forma mais prática e transparente.
O GEO (Global Emissions Offset) foi o primeiro a ser lançado, em 2020.
Ele reúne créditos de carbono verificados por padrões reconhecidos internacionalmente, como Verra, Climate Action Reserve e American Carbon Registry. Esses créditos seguem as regras do programa CORSIA, criado para compensar emissões do setor aéreo.
Apesar disso, podem ser usados por qualquer empresa que queira compensar emissões com créditos de alta qualidade e rastreabilidade.
Já o N-GEO surgiu pouco depois. Ele inclui somente projetos baseados na natureza, como reflorestamento, agricultura regenerativa e conservação florestal, registrados também no Verra. Esses projetos fazem parte do setor chamado AFOLU.
Embora tragam benefícios adicionais, como proteção da biodiversidade, os projetos naturais enfrentam desafios para medir com precisão a quantidade de carbono capturada.
O C-GEO, lançado em 2022, é focado em projetos tecnológicos de compensação que seguem os Princípios Essenciais de Carbono.
Esses princípios, criados por uma força-tarefa internacional, buscam garantir que os créditos sejam confiáveis, verificáveis e adicionais. O C-GEO ainda está em fase inicial, mas tende a ganhar força como um novo padrão global para compensações voluntárias com tecnologia limpa.
Com esses três tipos de contratos, empresas e investidores ganham mais opções para atuar no mercado de carbono de forma estratégica.
O GEO oferece padronização e segurança, o N-GEO traz soluções ligadas à natureza, e o C-GEO aposta no futuro das tecnologias de remoção de carbono com regras mais rígidas. Entender essas diferenças é essencial para quem quer investir com responsabilidade ambiental.
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Projeto de Carbono: Br Arbo
O Projeto Mejuruá fica localizado na Amazônia e tenta proteger a floresta enquanto gera crédito de carbono. Esse projeto é financiado pelo empresário Gaetano Buglisi, mostrando como é possível alinhar a proteção ambiental com benefícios econômicos e sociais, com a neutralidade de carbono no planeta, promovendo a economia verde.