O investimento global em captura e armazenamento de carbono está em rápida expansão atingindo 80 bilhões impulsionado por metas climáticas mais ambiciosas e políticas públicas de incentivo.

Governos e empresas estão recorrendo à tecnologia como solução para reduzir as emissões de setores difíceis de descarbonizar, como cimento, siderurgia e energia. Com novas instalações planejadas em várias partes do mundo a capacidade global de CCS pode aumentar até 2030.
Esse avanço é alimentado por acordos bilionários e cooperação internacional. Um exemplo é a parceria entre a Occidental Petroleum e a ADNOC que prevê uma planta de captura direta de ar no Texas, avaliada em US$ 500 milhões.
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Países como EUA, Noruega e Japão estão entre os líderes da adoção da CCS, graças a políticas de incentivos, redes de infraestrutura e investimentos públicos em pesquisa e desenvolvimento.
Além de cortar emissões, a CCS está se integrando a estratégias de remoção de carbono e inovação corporativa. Empresas como a Microsoft já compram créditos de carbono gerados por CCS.
Projetos como o BECCS mostram um potencial de emissões negativas, contribuindo para metas globais de longo prazo, como as do Acordo de Paris.
O crescimento da CCS também é influenciado pela evolução dos mercados de carbono. Com a valorização dos créditos de alta qualidade e sistemas rigorosos de medição, reporte e verificação, a demanda deve aumentar.
Projeções apontam que o mercado global de carbono pode alcançar até US$ 250 bilhões até 2050, com grande participação dos projetos de captura e armazenamento.
Apesar do otimismo, especialistas alertam que a CCS deve ser usada com responsabilidade. O uso do carbono capturado para extração de petróleo pode ser contraditório se não houver limites ao uso de combustíveis fósseis. Governança clara, transparência e verificação científica serão cruciais.
Ainda assim a CCS surge como uma ferramenta estratégica para reduzir emissões enquanto outras soluções são ampliadas.
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