O mercado global de créditos de carbono está em plena expansão. De acordo com a mais recente pesquisa da InsightAce Analytic, o setor foi avaliado em US$ 531,2 bilhões em 2024 e tem projeção de alcançar impressionantes US$ 7.126,6 bilhões até 2034.

Esse crescimento reflete o aumento da demanda por soluções climáticas escaláveis e a intensificação dos compromissos globais com a descarbonização.
As compensações de carbono consistem em reduções mensuráveis e verificadas nas emissões de gases de efeito estufa. Essas reduções resultam na emissão de créditos de carbono, que são vinculados a projetos específicos, com critérios técnicos rigorosos de elegibilidade, monitoramento e verificação.
Esses créditos podem ser adquiridos por empresas, governos ou indivíduos para compensar emissões que não conseguem evitar diretamente.
Nos mercados regulados, como o da União Europeia ou da Califórnia, empresas são legalmente obrigadas a compensar parte de suas emissões por meio de sistemas de cap and trade.
Esses mecanismos baseados no mercado ajudam a identificar soluções mais econômicas para reduzir as emissões, ao mesmo tempo em que incentivam inovação tecnológica e o crescimento de uma economia de baixo carbono.
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Já no mercado voluntário, empresas e instituições compram créditos por iniciativa própria, muitas vezes para cumprir metas de sustentabilidade, reputação ou compromissos climáticos.
Esse segmento vem ganhando relevância com a crescente pressão por transparência, integridade ambiental e responsabilidade corporativa, e tem sido um terreno fértil para inovação e novos modelos de financiamento climático.
Organizações internacionais, como o Banco Mundial, também têm desempenhado papel essencial nesse cenário. Em 2019, o banco criou a Unidade de Gestão do Fundo de Mudanças Climáticas, com foco em fomentar instrumentos financeiros inovadores, apoiar o desenvolvimento de tecnologias limpas e ampliar o impacto da ação climática.
Esse envolvimento institucional fortalece a confiança no mercado e contribui para a construção de uma economia mais resiliente e sustentável.
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