O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou a criação de um novo mecanismo de apoio ao mercado de carbono no continente africano.

A proposta visa atrair mais financiamento climático para a região, que sofre com impactos cada vez mais graves das mudanças climáticas, como secas extremas e tempestades intensas. O fundo, ainda em fase de estruturação, contará com dois pilares principais para desenvolver o setor.
O primeiro pilar vai ajudar os governos africanos a criar leis e políticas que organizem e incentivem o comércio de créditos de carbono.
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Já o segundo será focado em expandir a oferta e demanda por esses créditos e em melhorar a infraestrutura de mercado, incluindo a possibilidade de negociar os créditos em bolsas de valores africanas, afirmou Anthony Nyong, diretor de clima e crescimento verde do banco.
Os créditos de carbono são gerados por projetos que evitam ou removem emissões de gases de efeito estufa, como o plantio de árvores ou o uso de energia renovável.
Na África, a maioria desses créditos ainda é vendida em mercados voluntários, onde os preços são mais baixos. O objetivo agora é levá-los a mercados regulados, que oferecem valores muito mais altos por crédito – até 10 vezes mais.
Apesar de emitir pouco carbono em escala global, a África é uma das regiões mais vulneráveis ao aquecimento global. Ainda assim, recebe apenas 1% do financiamento climático mundial. Com o novo fundo, o BAD pretende não só aumentar esse acesso, mas também garantir que os lucros com os créditos fiquem no continente e ajudem a financiar a resiliência climática e o desenvolvimento sustentável.
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