Após o lançamento da iniciativa NextGen CDR, a Mitsui OSK Lines (MOL) comemora um marco importante no avanço de suas metas climáticas.
A empresa japonesa obteve oficialmente 2.000 toneladas de créditos de remoção de carbono (CDR) via tecnologia, provenientes de um projeto de biochar da boliviana Exomad Green.
Ela foi realizada por meio da plataforma NextGen, formada em parceria com organizações como Boston Consulting Group, Swiss Re, UBS e LGT. Com isso a MOL se tornou a primeira do setor marítimo japonês a aposentar formalmente créditos de CDR, sinalizando seu compromisso com soluções de remoção efetiva de CO2.
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A MOL reconhece que os créditos tecnológicos de CDR, embora ainda em fase inicial de desenvolvimento, terão papel essencial para descarbonizar em larga escala.
A empresa destaca que, mesmo sem compensarem diretamente emissões na cadeia de valor, esses créditos são um passo estratégico rumo à remoção líquida de carbono, como parte da abordagem Beyond Value Chain Mitigation.
A empresa visa contribuir com a remoção acumulada de 2,2 milhões de toneladas de CO₂ até 2030, conforme sua Visão Ambiental 2.2 totalmente alinhada ao objetivo de alcançar emissões líquidas zero até 2050.
Além de biochar MOL aposta em tecnologias como DACCS e BECCS que envolvem captura direta de ar e uso de biomassa com armazenamento de carbono como componentes chaves da solução climática global.
A empresa acredita que essas tecnologias terão papel de destaque na transição energética pois ampliam o leque de opções para compensações efetivas e que duram. A modularidade e permanência dessas soluções ampliam seu potencial de impacto positivo no longo prazo.
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Esse movimento não é isolado. Em dezembro passado outras companhias japonesas do setor marítimo como a NYK e a ENEOS, anunciaram a compra de créditos de CDR via DACCS.
Esse crescente interesse sinaliza uma tendência setorial de buscar alternativas tecnológicas para a neutralização de emissões, além das soluções baseadas na natureza.