Documentos internos revelam que a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) está considerando eliminar completamente os limites de poluição aplicados a usinas de energia.

De acordo com um rascunho obtido por fontes próximas da agência, o argumento central da proposta é que essas usinas não representam uma contribuição significativa para as mudanças climáticas globais. Essa mudança sinalizaria um recuo drástico das regulações ambientais em vigor e pode reverter anos de avanços no controle de emissões industriais.
A proposta se for confirmada, poderá gerar forte reação de cientistas climáticos, grupos ambientais e governos estaduais, que veem as usinas de energia como fontes críticas de gases de efeito estufa, especialmente o dióxido de carbono.
Dessa forma, um novo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) destaca os riscos crescentes para as cadeias globais de fornecimento de minerais essenciais à transição energética.
Apesar da aparente estabilidade nos preços de commodities como lítio, cobalto e níquel, a AIE alerta para uma perigosa concentração da oferta em poucos países e empresas, o que pode gerar vulnerabilidades geopolíticas.
Além disso, há uma desaceleração visível nos investimentos em novas minas e processamento, o que representa uma ameaça para o cumprimento das metas climáticas e para a expansão da mobilidade elétrica e das energias renováveis.
A agência pede uma resposta coordenada entre governos e o setor privado para diversificar o fornecimento e fortalecer a resiliência dessas cadeias.
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Enquanto isso, uma coalizão formada por 16 estados norte-americanos e diversos grupos ambientais entrou com uma ação judicial contra o governo Trump, alegando que o congelamento de fundos federais destinados à instalação de pontos de recarga para veículos elétricos está prejudicando o avanço do transporte limpo.
Eles argumentam que a medida não apenas atrasa a implantação de infraestrutura crítica, como também fere princípios de equidade climática, pois impacta principalmente comunidades vulneráveis que mais se beneficiariam da eletrificação dos transportes.
A ação judicial reflete um crescente embate político e jurídico nos Estados Unidos sobre o papel do governo federal na aceleração da transição energética e na redução das emissões do setor de transportes.
Por fim, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) apresentou uma proposta visando a redução dos requisitos de relatórios regulatórios para instituições financeiras na União Europeia.
A medida tem como objetivo principal aliviar a carga administrativa dos bancos e simplificar os processos de conformidade, especialmente para instituições de menor porte.
Segundo a EBA, o excesso de burocracia tem desviado recursos humanos e tecnológicos que poderiam ser utilizados em áreas mais estratégicas, como inovação digital e finanças sustentáveis.
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No entanto, especialistas alertam que a flexibilização dos relatórios deve ser equilibrada com a manutenção da transparência e da estabilidade do sistema financeiro europeu, especialmente em um momento de transformação regulatória e pressão por maior responsabilidade climática no setor bancário.