Biochar ganha destaque em um cenário corporativo de crescente pressão para atingir metas de zero líquido até 2030.
O biochar é uma substância feita pela pirólise de resíduos orgânicos, capturando carbono de maneira sustentável por séculos, além de auxiliar na melhoria da saúde do solo.
Contudo, com a crescente demanda por créditos de carbono de biochar, a oferta está se tornando escassa, tornando cada vez mais difícil garantir acesso a essa solução.
A consultoria especializada em mercados de carbono Supercritical aponta que 62% da oferta de biochar de alta qualidade para 2025 já está comprometida com acordos de longo prazo, com quase 30% reservado até 2026.
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Isso aponta a urgência das instituições em garantirem seu fornecimento por meio de contratos de offtake, que garantem o acesso a créditos de carbono futuros a preços estáveis.
A exemplo, empresas como Microsoft, Google e Stripe já estão se adiantando e comprando créditos de biochar para atingir suas metas de zero carbono.
O movimento de offtake promove uma vantagem financeira significativa, visto que as empresas podem economizar até 31% em comparação com compras no mercado à vista.
Ademais, essa abordagem oferece segurança contra a mudança de preços e a escassez de créditos de alta qualidade.
Assim, com o aumento da demanda por remoção de carbono, espera-se que os preços do biochar subam mais, e as empresas que adiarem seus contratos podem enfrentar custos mais altos ou até mesmo a falta de suprimento.
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Em suma, garantir créditos de biochar por meio de contratos de longo prazo se tornou uma necessidade para as empresas que visam atingir seus compromissos ambientais e garantir a viabilidade de suas operações verdes.