Conforme a Allianz Global Investors (AllianzGI), a Ásia está garantindo sua posição como protagonista mundial no financiamento de transição, impulsionada pela urgência de descarbonizar seus setores econômicos altamente poluentes.
O financiamento de transição é focado em alocar recursos monetários para empresas que buscam implementar práticas sustentáveis em sua estrutura, diferenciando-se do “financiamento verde“, que visa somente ativos que já estão alinhados com padrões ecológicos.
Com isso em mente, a Ásia tem avançado no financiamento de transição, com destaque para países emergentes dependentes de indústrias pesadas e difíceis de descarbonizar, como os setores de aço, aviação e transporte.
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O chefe global de investimentos sustentáveis da AllianzGI, Matt Christensen, apontou que o continente tem o potencial de, além de gerar lucros, estabelecer uma posição de liderança nos mercados globais.
Com os rígidos padrões recentes de finanças verdes, o financiamento de transição se mostra uma alternativa essencial para fomentar a descarbonização de economias dependentes de setores poluentes.
Conforme a Agência Internacional de Energia Renovável, são necessários US$ 5 trilhões por ano em financiamento de transição até 2050 para atingir os objetivos de neutralidade de carbono global.
Apesar de ser responsável por metade das emissões de carbono globais, a Ásia demonstra seu interesse pelo financiamento de transição com iniciativas como a Taxonomia Cingapura-Ásia, lançada em 2023.
Assim, a AllianzGI acredita que a sustentabilidade se tornará um ponto chave nos mercados da Ásia, com investidores institucionais liderando essa mudança.
Portanto, a Ásia, com sua relevância nas emissões globais e nas necessidades de descarbonização, está se tornando líder do financiamento de transição, com a promessa de promover de forma significativa o alcance das metas climáticas globais.
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