A startup Gigablue desenvolveu uma nova solução para obtenção de créditos de carbono: a fertilização oceânica.
A metodologia da fertilização oceânica funciona da seguinte forma: alimentar o fitoplâncton com nutrientes para induzir florações que absorvem CO₂, podendo gerar créditos de carbono. Assim, o dióxido de carbono é removido da atmosfera, gerando créditos de carbono.

Apesar de sua eficácia, a técnica precisa superar alguns desafios, como os riscos aos ecossistemas marinhos (por exemplo a maré vermelha).
Com sede em Nova York, a startup israelense Gigablue acredita ter superado tais críticas, desenvolvendo uma tecnologia que envolve partículas de substrato patenteadas, consolidadas com uma mistura personalizada de nutrientes.
Assim, o fitoplâncton presente no mar se alimenta dessas partículas e cresce. Quando atinge uma massa significativa, o substrato afunda a mais de 1.000 metros, garantindo que o CO2 armazenado continue no fundo do oceano, em um método natural de sequestro de carbono.
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Ademais, para aumentar a eficiência do projeto, a Gigablue utiliza inteligência artificial (IA) para analisar dados oceanográficos e identificar os locais ideais para a fertilização, a fim de preservar a biodiversidade marinha.
Além disso, a empresa promove transparência na execução de seus processos por meio de uma metodologia científica para medir o carbono removido, revisada pelo Instituto Nacional de Pesquisa Hídrica e Atmosférica (NIWA) da Nova Zelândia.
Com isso, a startup promove uma solução promissora financeiramente sustentável para a descarbonização mundial.
Portanto, a Gigablue mostra que o processo de fertilização oceânica, quando aplicada de forma controlada e eficiente, pode ser uma ferramenta poderosa no combate às mudanças climáticas.
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