Avanços na Regulação Financeira de Sustentabilidade no Crédito Rural

Com o cenário global cada vez mais voltado para questões de sustentabilidade e a crescente pressão por práticas empresariais verdes, o crédito rural, em consoante ao sistema financeiro, passou a adotar medidas rigorosas para alinhar-se aos requisitos ambientais, sociais e de governança (ESG). 

Avanços na Regulação Financeira de Sustentabilidade no Crédito Rural
Avanços na Regulação Financeira de Sustentabilidade no Crédito Rural

Um marco importante foi a publicação da Resolução CMN nº 5.193/2024, que trouxe mudanças significativas no Manual de Crédito Rural (MCR), cujo objetivo é impor requisitos ambientais mais severos, destacando a necessidade de registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a restrição de crédito a propriedades em áreas de especial proteção, como Unidades de Conservação, Territórios Quilombolas e Terras Indígenas.

Ademais, a nova regulamentação impõe normas para evitar o financiamento de atividades que causem danos ambientais, como o desmatamento e queimadas ilegais.

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Propriedades embargadas por questões ambientais não poderão acessar crédito, salvo para recuperação de vegetação nativa. A partir de 2026, as instituições financeiras também deverão comprovar que não houve supressão de vegetação após julho de 2019 para liberar novos financiamentos.

Sendo assim, tais avanços são reflexos de uma tendência crescente de integrar os princípios ESG de sustentabilidade na regulamentação financeira.

O Papel do Setor Bancário

O setor bancário apresenta um papel relevante na contenção de danos ambientais e climáticos financiando projetos de grande impacto socioambiental. Assim, além do financiamento, eles devem assegurar que as atividades financiadas estejam alinhadas com as normas ambientais e sociais.

Conclusão

Portanto, com essas iniciativas, o crédito rural no Brasil se alinha com a agenda ESG, impulsionando a sustentabilidade e a transição para uma economia verde na nação, promovendo um desenvolvimento econômico que respeite os limites ambientais e sociais.

A regulação financeira de sustentabilidade se consolida como um fator essencial para o futuro das atividades econômicas, especialmente em um cenário de crescente conscientização global sobre a preservação do meio ambiente e justiça social.

Saiba também: Papel dos Créditos de Carbono para a Sustentabilidade e Retorno Financeiro Agrícola 

Relação com o Projeto Mejuruá

Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO  apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
Ana Carolina Turessi

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