Redução do Desmatamento no Mato Grosso e Combate à Ilegalidade

O estado brasileiro do Mato Grosso teve redução em sua área de desmatamento, contudo, a luta contra a ilegalidade ainda persiste na região.

Redução do Desmatamento no Mato Grosso e Combate à Ilegalidade
Redução do Desmatamento no Mato Grosso e Combate à Ilegalidade

O Mato Grosso, um dos estados com a maior biodiversidade, teve seu desmatamento significativamente reduzido entre janeiro de 2023 e julho de 2024, com uma queda de 32% na devastação.

Embora os números mostrem um avanço ambiental positivo, a luta contra o desmatamento ilegal e a ocupação indevida de terras ainda é um desafio.

A maior parte do desmatamento ocorreu em áreas já cadastradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), e, ainda mais alarmante, cerca de 75% desse desmatamento aconteceu sem a devida regulamentação dos órgãos ambientais.

O relatório do Instituto Centro de Vida (ICV) aponta que as grandes propriedades, com mais de 1.500 hectares, são responsáveis por 63% do desmatamento total no estado, o que revela um padrão de ocupação e exploração irregular que compromete não apenas a preservação ambiental, mas também a integridade dos esforços de fiscalização e controle ambiental.

Outra questão relevante abordada é o aumento nas liberações de áreas para desmatamento autorizado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema), as quais aumentaram em mais de 340%, passando de 111 km² em 2015 para 492 km² até outubro de 2024.

Porém, cerca de 30% das áreas autorizadas não foram efetivamente desmatadas, o que pode indicar problemas na fiscalização desses projetos.

O monitoramento também tem sido uma ferramenta crucial na luta contra o desmatamento ilegal. A Sema emitiu 9.191 autos de infração relacionados ao desmatamento não autorizado, abrangendo cerca de 1.500 km². Ademais, 2.004 km² foram embargados, sendo que 73% desse total estava localizado na região amazônica de Mato Grosso.

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Os municípios de Mato Grosso têm um papel central no processo de desmatamento, com dez cidades concentrando 49% do desmatamento total do estado.

Esses dados revelam a necessidade de políticas públicas mais eficazes em nível local, com maior apoio à fiscalização e maior colaboração com os órgãos ambientais, além de conscientização sobre o uso sustentável da terra.

Portanto, a queda de 32% no desmatamento é um sinal positivo, mas é fundamental que o estado do Mato Grosso continue se mobilizando para atingir as metas de preservação e lutar contra o desmatamento ilegal.

Além disso, a pressão internacional e a crescente demanda por práticas agrícolas verdes podem servir como uma motivação adicional para que Mato Grosso adote medidas mais eficazes no combate ao desmatamento ilegal e à degradação dos biomas.

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A combinação de desmatamento autorizado e a persistência de práticas ilegais demonstra o quão complexa é a situação, exigindo a colaboração entre órgãos estaduais, municipais e federais, além de uma maior transparência e rigor no cumprimento das leis ambientais de preservação ambiental que realmente sejam eficazes.

Relação com o Projeto Mejuruá

Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.

Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.

Ana Carolina Turessi

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