A empresa Cash Carbon doou verbas, que podem chegar a 3 milhões, para promover o desenvolvimento sustentável no Acre, alinhando-se à proposta de preservação ambiental.
O desenvolvimento do mercado de créditos de carbono alinha-se com economia e preservação ambiental, ganhando cada vez mais relevância no cenário global.

Criado em 1997 durante o Protocolo de Quioto, esse mecanismo de comércio visa, principalmente, reduzir os impactos da emissão de gases de efeito estufa, incentivando práticas mais sustentáveis para empresas e promovendo uma transição para uma economia de baixo carbono.
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Segundo a consultoria McKinsey & Company, o mercado de créditos de carbono movimentou cerca de US$ 1 bilhão em 2021, mas a projeção para 2030 é alcançar US$ 50 bilhões, sinalizando um crescimento exponencial e novas oportunidades para investidores e comunidades locais.
Assim, com sua vasta cobertura florestal e biodiversidade, o Acre está se posicionando como um dos protagonistas desse mercado.
A empresa Cash Carbon, liderada por João Paulo Oliveira, investiu no estado para estabelecer parcerias com proprietários de terras específicas em adesão no setor. A proposta é utilizar as propriedades para gerar créditos de carbono sem que os donos percam a posse das terras.
“Estamos analisando uma propriedade de 38 mil hectares no Acre, que poderá gerar 3,5 milhões de créditos de carbono em 30 anos”, revela Oliveira.
Esse potencial reflete as opções econômicas do mercado e os benefícios para as empresas rurais que aderirem ao modelo.
Ademais, Oliveira destaca a importância de iniciar ações agora para garantir um futuro melhor para as próximas gerações. “Essa deveria ter sido uma responsabilidade dos nossos antepassados, mas estamos assumindo esse papel. O impacto será colhido pelos nossos netos, e se não começarmos agora, não haverá um futuro sustentável para eles”.
Com a chegada de empresas como a Cash Carbon, o Acre se torna protagonista de iniciativas verdes, além de demonstrar que a integração entre preservação ambiental e geração de renda é possível.
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Projetos como esses não apenas protegem a floresta, mas também oferecem novas perspectivas econômicas para o estado e para as comunidades locais, reforçando a importância do Brasil no mercado global de carbono.
Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
Ana Carolina Turessi