O Brasil deu um passo em direção à preservação da Amazônia com o lançamento dos primeiros editais do programa Restaura Amazônia.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lideram a iniciativa que destinará R$ 100 milhões para restaurar o chamado Arco do Desmatamento, transformando-o em um Arco da Restauração, visando a preservação na Amazônia.
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Os primeiros fundos são ofertados pelo Fundo Amazônia e pela Petrobras, marcando o início de uma estratégia para alcançar R$ 450 milhões em investimentos verdes, destinados à projetos sustentáveis, com a possibilidade de ampliar esse valor para R$ 900 milhões ou R$ 1 bilhão por meio de parcerias públicas e privadas.
Esse projeto visa não apenas reflorestar áreas desmatadas, mas também promover o desenvolvimento sustentável através do reflorestamento, preservação e qualidade de mão-de-obra.
Consoante João Paulo Capobianco, secretário-executivo do MMA, os esforços vão além da redução do desmatamento. “Estamos propondo reconstruir a floresta”, afirmou, consolidando o compromisso do Brasil em combater as mudanças climáticas e preservar sua biodiversidade.
Distribuição dos Recursos e Foco Regional
Além de financiar macrorregiões diretamente, como a Amazônia, Mato Grosso e Pará, R$ 92 milhões serão aplicados unicamente na restauração e R$ 8 milhões financiarão os gestores parceiros responsáveis por gerenciar, monitorar e avaliar os projetos.
Cada projeto deve abranger pelo menos 200 hectares, com prazo total de 48 meses. Entre os critérios de avaliação, destacam-se:
- Capacidade técnica da organização.
- Importância ecológica da restauração.
- Impactos socioeconômicos, como geração de renda e fortalecimento das comunidades locais.
- Planejamento de corredores ecológicos, essenciais para a circulação de espécies.
A escolha dos projetos também considerará o potencial de sequestro de carbono, embora a geração de créditos de carbono não seja o objetivo principal.
Conclusão
Além de restaurar a floresta, o programa, que está alinhado ao Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), busca fomentar planos de desenvolvimento sustentável que equilibrem conservação ambiental e crescimento econômico.
Sendo assim, o Brasil reafirma seu papel como protagonista na agenda ambiental global, promovendo um futuro verde para as próximas gerações.
Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
Ana Carolina Turessi