Estudo sobre o mercado de créditos de carbono aponta que a maioria das comprar de créditos são ineficazes contra a “descabonização” do planeta pela falta de regulamentação.
O mercado de créditos de carbono cresce a cada dia, com muitas empresas adquirindo compensações para cumprir suas metas de redução de emissões.
Ao comprar tais créditos, uma empresa paga por outros projetos que reduzem emissões, como produção de energia sustentável.
Analisou-se, recentemente, um total de 866 empresas que utilizaram créditos de carbono entre os anos de 2005 e 2021, revelando que empresas com investidores institucionais são mais ativas nesse mercado. Contudo, setores com baixas emissões dependem mais das compensações do que indústrias de alto impacto, como petróleo e gás.
Uma explicação para isso é que as empresas com utilização de carbono preferem comprar os créditos ao invés de investir em tecnologias mais caras para reduzir suas próprias emissões. Ademais, a compra de compensações também são usadas para “Lavagem verde“, técnica utilizada para melhorar a imagem ambiental de uma empresa de forma superficial e barata, sem comprometer mudanças substanciais.
Conforme a análise, muitas compensações são de baixa qualidade, o que sugere que elas não têm um impacto significativo no combate às mudanças climáticas. A falta de regulamentos claros para os mercados voluntários de carbono contribui para esse problema.
Os dados indicam que, para que os mercados voluntários de carbono realmente ajudem a reduzir as emissões globais, será necessário estabelecer regras mais rigorosas e garantir maior transparência. A COP29 (Conferência das Partes) pode ser um momento importantíssimo para definir o futuro desses mercados e garantir a eficácia da “descarbonização” global.
Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá Da BR ARBO também exemplificam o potencial da conservação florestal para o combate às mudanças climáticas.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local.
Ao preservar ecossistemas, o projeto Mejuruá beneficia tanto o ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de solucionar o problema mundial reduzindo suas emissões.
Ana Carolina Turessi