A Finlândia lançou recentemente um mercado voluntário de biodiversidade com o objetivo de atrair investimentos do setor privado para a conservação da natureza.
Inspirado nos mercados de créditos de carbono, o modelo permite que empresas adquiram “créditos da natureza”.
Refletindo suas contribuições para a preservação de ecossistemas locais em relatórios de impacto ambiental e iniciativas de marketing.
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Estrutura de financiamento para mercado voluntário de biodiversidade
Conduzida pelo Ministério do Meio Ambiente finlandês, a estrutura facilita a compra de créditos que representam ações de conservação.
Como reflorestamento e recuperação de habitats.
Esse modelo de financiamento multicanal pretende complementar os recursos públicos limitados para a preservação da biodiversidade.
Para assegurar a legitimidade do mercado, o Ministério criou diretrizes de verificação e um registro público de créditos, mitigando o risco de “greenwashing” com regulamentações transparentes e dados abertos.
A chefe especialista Emma Terämä acrescenta que as empresas poderão se associar a projetos de compensação ambiental, como a restauração das turfeiras “aapa mires,” um ecossistema essencial para o sequestro de carbono e a biodiversidade.
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Colaboração e apoio global: BR ARBO
A iniciativa integra a Estratégia de Biodiversidade da UE e está alinhada ao Kunming-Montreal Global Biodiversity Framework, que incentiva os países a aumentarem o financiamento privado para a preservação ambiental.
Esse mercado inovador traz um modelo inspirador para projetos de biodiversidade no Brasil, como o Projeto Mejuruá, da BR ARBO, que se destaca na restauração florestal na Amazônia e na geração de créditos de carbono.
A iniciativa da Finlândia demonstra como o setor privado pode impulsionar práticas sustentáveis e gerar retornos ambientais significativos, alinhando-se com projetos de conservação em larga escala.
Por Ana Carolina Ávila