A degradação florestal na Amazônia atingiu níveis alarmantes em 2024, alcançando o maior patamar em 15 anos, segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON).
Entre janeiro e setembro deste ano, aproximadamente 26.246 km² de floresta foram afetados, o que representa uma área quase equivalente ao estado de Alagoas.
O mês de setembro foi especialmente crítico, registrando 77% de toda a degradação anual, impulsionada pela intensificação das queimadas durante o período mais seco do ano.
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Principais Áreas e Impacto Ambiental na Amazônia
O estado do Pará liderou os índices de degradação, com 11.558 km² de floresta danificada, seguido por Mato Grosso, Rondônia e Amazonas.
Entre os locais mais afetados estão as unidades de conservação, como a APA Triunfo do Xingu, e as terras indígenas Kayapó e Xicrin do Cateté, onde a exploração madeireira e o garimpo ilegal se alastram.
O aumento das queimadas, muitas vezes ligadas a atividades de mineração, também foi um dos principais fatores por trás desse cenário devastador.
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Desafios para a Quantificação de Emissões e Políticas Climáticas
Embora a degradação florestal seja um fator significativo nas emissões de gases de efeito estufa, as emissões específicas desse processo ainda não são contabilizadas no Inventário Nacional do Brasil, que foca apenas no desmatamento completo.
Essa omissão destaca a necessidade de políticas que abranjam tanto o desmatamento quanto a degradação florestal, uma demanda que se torna ainda mais urgente frente aos desafios ecológicos e climáticos crescentes.
O projeto Mejuruá contribui para contornar essa situação. O projeto liderado por Gaetano Buglisi, realiza o manejo sustentável de uma reserva na Amazônia.
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Por Ana Carolina Ávila