Recentemente, a Amazônia enfrenta um aumento alarmante nas ocorrências de fogo, refletindo um problema ambiental complexo que gera preocupações sociais e de saúde.
A classificação das ocorrências de fogo é fundamental para entender seu impacto. Existem dois tipos principais: queimadas e incêndios.
As queimadas são frequentemente uma prática intencional, usadas para preparar terrenos para plantio ou manter pastagens.
Já os incêndios representam eventos não controlados que podem devastar áreas florestais adjacentes, danificando culturas e propriedades.
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Causas Antropogênicas do Fogo na Amazônia
A maioria dos incêndios na Amazônia é provocada por atividades humanas, com incêndios iniciados acidentalmente por queimadas sendo a causa predominante.
Em regiões onde a umidade é alta, como a Amazônia, incêndios iniciados por raios são raros.
O aumento da ocupação humana proporciona mais pontos de ignição, o que intensifica a relação entre fogo e desmatamento, além de agravar a mudança climática.
Este ciclo vicioso traz consequências significativas não apenas para o meio ambiente, mas também para a saúde pública.
A fumaça gerada pelos incêndios contém micropartículas PM2.5, que superam os limites aceitáveis definidos pela Organização Mundial da Saúde.
Isso resulta em sérios problemas respiratórios e aumenta a demanda nos hospitais da região. A qualidade do ar deteriorada também exacerba complicações relacionadas à COVID-19 e está associada a riscos de câncer de pulmão, cujos efeitos podem aparecer anos após a exposição.
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O Papel do Projeto Mejuruá na Amazônia
Diante desse cenário alarmante, iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO ganham relevância.
Este projeto visa restaurar áreas degradadas da Amazônia, promovendo a recuperação da vegetação nativa e mitigando os efeitos do desmatamento.
Ao investir na restauração ecológica, o Mejuruá não apenas contribui para a saúde do ecossistema, mas também para o bem-estar das comunidades locais, reduzindo a dependência de práticas agrícolas prejudiciais que utilizam fogo como ferramenta.
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Por Ana Carolina Ávila