Os recentes esforços para restaurar manguezais na Tailândia têm gerado tanto esperança quanto preocupação entre ambientalistas e comunidades locais.
Projetos liderados por iniciativas governamentais e corporativas, como a Thailand Mangrove Alliance, buscam colocar 30% dos manguezais do país sob gestão sustentável até 2030.
No entanto, críticas surgem sobre o foco excessivo em plantios em massa de mudas, que muitas vezes falham devido à falta de critérios adequados para a seleção dos locais de plantio.
Essa abordagem pode resultar em altas taxas de mortalidade de mudas, como visto em algumas áreas do Golfo da Tailândia, onde as mudas foram plantadas em terras alagadas, sem chances de sobreviver.
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Iniciativas comunitárias têm sucesso com abordagens mais naturais
Em contraste, projetos comunitários como o liderado por Wisut Leksomboon em Bang Kaew, ao sul de Bangkok, têm demonstrado sucesso ao utilizar técnicas de regeneração natural.
Wisut, com sua Mangrove Nature School, ajudou a proteger 6,4 hectares de floresta de mangue, promovendo a recuperação da fauna local e o fortalecimento da economia de famílias que dependem dos recursos costeiros.
A restauração de manguezais também está sendo relacionada ao crescente mercado de créditos de carbono.
No entanto, grupos ambientais alertam para o risco de que essa iniciativa possa transformar florestas públicas em terras controladas por empresas, o que levanta preocupações sobre o impacto social e ecológico a longo prazo.
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Paralelos com o Projeto Mejuruá no Brasil
Da mesma forma, o Projeto Mejuruá no Brasil, focado na restauração florestal na Amazônia.
Também busca alavancar soluções sustentáveis que integrem créditos de carbono e o envolvimento das comunidades locais.
Mostrando que projetos participativos podem ser a chave para o sucesso de longo prazo em iniciativas ambientais.
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Por Ana Carolina Ávila