Em março, as florestas degradadas na Amazônia Legal cobriam 2.121 km2, ou o dobro das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Belém (PA).
Este número alarmante indica um aumento de 4.948 por cento em relação a março de 2023, quando a degradação florestal foi observada em 42 km2.
Os dados do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon) foram recentemente divulgados.
Emergiu que Roraima era o principal responsável por essa degradação significativa, embora sua contribuição quase exclusiva tenha sido para o total encontrado. Mato Grosso também registrou casos, mas sua participação foi mínima, não chegando a 1% dos casos totalizados no período.
A ferramenta do Instituto do Homem e do Meio Ambiente (Imazon) destaca que Roraima está em uma situação crítica devido à intensa estiagem que afetou o estado e registrou 4.500 focos de queimadas de janeiro a meados de abril de 2024.
Uma seca prolongada aumenta a susceptibilidade às queimadas, que são um dos principais fatores que contribuem para a degradação florestal na região.
Por outro lado, o desmatamento por corte raso, que é o processo pelo qual toda a vegetação é cortada para abrigar outros usos do solo. Por exemplo pastagens para gado, caiu 64% em março em relação ao mesmo período do ano anterior.
Durante esse período, 124 km2 da Amazônia Legal foram desmatados, com o Amazonas tendo o maior impacto em 28%, seguido por Mato Grosso, Roraima, Pará e Rondônia, respectivamente.
A pesquisadora do Imazon Larissa Amorim enfatiza que, apesar da queda contínua no desmatamento, as políticas destinadas a combater a derrubada na Amazônia precisam ser implementadas com força.
Ela enfatiza a importância de concentrar-se nas áreas protegidas e nas áreas onde o ambiente é extremamente prejudicial.
Cerca de 75% dos desmatamentos ocorreram em propriedades privadas ou áreas sob vários estágios de posse. Os outros 14% e 11% foram assentamentos e unidades de conservação.
Em março de 2024, 0,42 km2 de terras indígenas foram desmatados, representando menos de 1% do total da Amazônia Legal.
Isso é uma queda de 89% em comparação com 3,77 km2 desmatados em março de 2023. As cinco terras indígenas mais devastadas em março de 2024 foram localizadas em Roraima.
O desmatamento registrado em Terras Indígenas foi o menor em seis anos, considerando o período de agosto a março, os primeiros oito meses do ano.
Apesar da diminuição do desmatamento nas terras indígenas, os números de áreas desmatadas ainda são alarmantes.
Saiba mais: Degradação florestal na Amazônia aumenta quase 5.000% em março
Entidades privadas buscam proteger a Amazônia
Nesse sentido, hoje mais do nunca é preciso da atenção dos órgãos públicos e das instituições privadas sobre a degradação florestal na Amazônia.
A floresta Amazônica, é responsável pelo armazenamento de grande parte de CO2 liberados na atmosfera, além de controlar as chuvas em grande parte da América.
A degradação florestal desse ecossistema pode significar a perda da principal ferreamente de manutenção do clima existente no mundo.
BR ARBO se destaca na preservação ambiental
O projeto Mejuruá da BR ARBO, se destaca entre diversos projetos de sustentabilidade por relacionar desenvolvimento econômico com o sustentável.
Além de inovar no setor de créditos de carbono florestais, o projeto demonstra uma grande relevância ao ajudar as comunidades locais com a geração de renda.
Saiba mais: EcoSafi e Gold Standard emitem primeiros créditos de carbono na África
Por Ana Carolina Ávila